“Não era terra de gente uma terra onde não se comia farinha, não se dormia em rêde e não se falava brasileiro”
retirantes do Rio Grande do Norte na Hospedaria da Imigração (SP) e Ilha das Flores (RJ) na seca de 1904.
Palabras clave:
Retirantes; Hospedarias; Territórios da Espera.Resumen
Esse artigo analisa a migração de retirantes do Rio Grande do Norte para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, no ano da grande seca de 1904, mas, especificamente, sua experiência coletiva nas hospedarias de imigração e lugares de espera. Entendemos o fenômeno da migração como um processo de deslocamento em que os fatores tempo e espaço são contíguos, variando de acordo com as ações, escolhas e condicionamentos que o emigrado está vivenciando. Portanto, lugares de passagem, fixação e espera são elementos importantes para analisar a experiência e narrativa da própria migração dos sujeitos históricos. Utilizamos, como fontes, as listas de matrícula dos imigrantes, a imprensa e fontes administrativas e oficiais.
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