Edições anteriores

  • Capa da revista.

    Dossiê História das Mulheres: estudos de gênero e sexualidades nos sertões
    v. 3 n. 6 (2024)

    Este dossiê da revista Sertão História tem como proposta a ampliação de debates que se desenvolvem no campo da História das Mulheres e dos Estudos de Gênero e Sexualidades a partir dos sertões. Composto por seis artigos avaliados e aprovados por pares, o dossiê insere os sertões como o contexto central para explorar experiências e sujeitas que ganham destaque com uma análise crítica de gênero. Nesse sentido, a compreensão de sertão não se limita à designação de um espaço geográfico, mas envolve uma condição que evidencia as configurações de poder e as desigualdades que nele se estabelecem. 

  • Capa da edição, fundo laranja, letras em branco. Ao centro, o logo da revista

    Ensino de História, justiça social, princípios e práticas de democratização da Educação
    v. 3 n. 5 (2024)

    O Século XXI tem sido marcado por um processo permanente de aceleração do tempo, pelo avanço político das direitas marcadas por práticas antidemocráticas e negacionistas, que atentam contra a produção, o ensino e diversas formas de difusão da História. Para alguns pesquisadores, vivencia-se uma tentativa de historicídio, notadamente com as reformas curriculares que modificam significativamente a educação brasileira para abrir caminhos para a razão e a moral neoliberal como forma de existência humana. Tais mudanças afetam diretamente a formação professores e o ensino de História, sendo a mais evidente a reforma do Ensino Médio, ao instituir o chamado Novo Ensino Médio. Nesta perspectiva o ensino, a aprendizagem e a formação de uma cultura histórica na sociedade brasileira tornam-se um campo de disputas entre uma educação conservadora/neoliberal e uma educação democrática, antirracista, decolonial e de combate aos preconceitos étnicos, de raça e de gênero. Paralelo a isso, tramita no Congresso Nacional o PL 2.903/2023 que ameaça a sobrevivência dos povos indígenas, ao mesmo tempo em que os movimentos sociais, estudantes, professores e professoras de História nos mais diversos níveis da educação lutam por ações mais efetivas na implementação das 10.639/2003 e 11.645/2008.

    Neste sentido, diversas são as formas de resistência no campo do ensino de História, a exemplo do ProfHistória e seus mais diversos projetos de combate aos que pretendem destruir a História como campo de saber. Ao tomar a experiência docente na educação básica como ponto de partida para a construção de um conhecimento reflexivo, o ProfHistória, além de contribuir para a democratização do acesso a pós-graduação, se consolida como lugar de produção de uma historiografia sintonizada com as demandas do tempo presente.

    É nesse contexto que propusemos o dossiê Ensino de História, justiça social e práticas democráticas de educação. Recebemos contribuições que dialogaram com temáticas que afetam diretamente a condição de professores e professoras como autores docentes em defesa de práticas democráticas de ensino ameaçadas pelo conservadorismo e o neoliberalismo. Esperamos que o dossiê seja um espaço de divulgação de pesquisas que abordem conceitos e fontes relacionadas ao feminismo, às comunidades e culturas Lgbtqianp+ e suas interseccionalidades na interface com o ensino de História e as mais diversas formas de lutas e combates ao neofascismo. Da mesma forma, pesquisas, reflexões e relatos de experiências sobre o uso das tecnologias de comunicação e informação, inclusive da Inteligência Artificial, para o ensino de História, teoria da História, ensino e práticas de ensino e as reformas curriculares, notadamente a BNCC, a BNC-formação e o Novo Ensino Médio.

    Organizadores do Dossiê: 

    Francisco Egberto Melo -  Professor do Departamento de História e do Programa de Pós Graduação ProfHIstória da Universidade Regional do Cariri (URCA). 

    Paula Cristiane de Lyra Lessa - Professora do Departamento de História e do Programa de Pós Graduação ProfHIstória da Universidade Regional do Cariri (URCA). 

    Rosilene Alves de Melo - Professora do Departamento de História da Universidade Federal de Campina Grande e do Programa de Pós Graduação ProfHIstória da Universidade Regional do Cariri (URCA). 

    Referências Bibliográficas

    CERRI, Luís Fernando. Ensino de História e consciência histórica. Rio de Janeiro: FGC, 2011.

    FOUCAULT, Michel. O Jogo de Michel Foucault. IN: FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos, v. IX. Genealogia da Ética, Subjetividade e Sexualidade. Rio de Janeiro: Forense Universitárias. 2014, p. 44-76. Org. Manuel de Barros da Motta.

    DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sob

    re a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.  

    LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: o neo-liberalismo no ensino público. Londrina: Editora Planta, 2004.

    SILVA, Barbara Bueno de; BARBOSA, Carlos Soares. Empreendedorismo e o novo ensino médio: a atuação da ong junior achievement na rede estadual de educação do Rio de Janeiro. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, v.11, n.2, 2022, p. 1-19. Disponível em: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/6278/3292. Acesso em: 17 mai 2022.

  • Poder político em um país escravocrata: comércio de escravos, escravismo e resistência escrava
    v. 2 n. 4 (2023)

    Por mais de trezentos anos a escravidão de africanos e de seus descendentes foi a principal forma de trabalho na colônia e nas plagas brasileiras. A América portuguesa contava com uma configuração demográfica composta, também, por pessoas trazidas da África, e muitas dessas eram colocadas para trabalhar nos mais variados labores, fomentando, assim, o sistema escravista brasileiro. Todavia, começaram, ainda na primeira metade do século XIX, a surgir ameaças que colocariam o sistema escravista brasileiro em xeque, uma dessas ameaças foi a pressão antiescravista inglesa.
    O presente dossiê visou reunir pesquisas concluídas ou em andamento que versem sobre temáticas que envolvam o escravismo de africanos e/ou de seus descendentes, dentro do recorte temporal dos séculos XVIII e XIX. Na segunda metade do século XIX, a pressão antiescravista aumentou; mas, naquele momento, a pressão estava ligada aos fatores que ocorriam dentro do próprio território do Brasil. Assim, o que era possível de ser observado foi o aumento do movimento abolicionista e a efervescência das ações dos próprios escravos, que se configuraram por meio de fugas, recusa ao trabalho e/ou pela compra de sua carta de alforria.
    Ademais, tem-se como proposta incorporar pesquisas que apontem para a agência do escravo em construir sua própria história. Nesta concepção, as problemáticas que apontem para as dinâmicas do comércio de escravos, as diferentes formas de resistência praticadas pelos escravos, a inserção particular das escravas, libertas ou em vias de emancipação nos quadros da escravidão, as doenças que ceifavam as vidas dos escravos, as práticas de cura realizadas por eles, a importância de mulheres africanas e afrodescendentes nas dinâmicas econômicas e sociais dentro do contexto da escravidão, os estudos sobre a escravidão nas cidades e no campo, foram convidadas a fazerem parte deste dossiê.

    Assim, objetiva-se reunir estudos que tratem dos mais variados temas que abordem a escravidão nos setecentos e nos oitocentos. Com isso, esperamos fomentar discussões acerca das particularidades da experiência e dinâmicas dos escravos dentro do Brasil escravista, de modo a possibilitar discussões dos trânsitos dos escravos, da História Social, da resistência escrava, de suas sociabilidades e do poder político.

    O dossiê foi proposto pelos pesquisadores:

    Prof. Dr. Rodrigo Caetano Silva (CCMBR)

    Prof. Dr. Pedro Vilarinho Castelo Branco (UFPI)

    Prof. Me. Diego Pereira Santos (UEPA)

     

  • Capa da edição número 3, volume 2, janeiro a junho de 2023.

    Migrações: História e Tempo Presente
    v. 2 n. 3 (2023)

    A questão das migrações atravessa diferentes períodos históricos, países, localidades.  As dinâmicas migratórias: econômicas, por guerras, perseguições, devido aos problemas sociais, demográficas, catástrofes ambientais, epidemias, fome, exploração e as demais. As tensões, lutas, discursos e a atuação dos aparatos estatais sobre os que migram. A relação entre História e Memória sobre o fenômeno das migrações. As nuances de gênero, classe, origem nacional e regional e idade para o fenômeno migratório.

  • História Ambiental: problemas e abordagens
    v. 1 n. 2 (2022)

    A História Ambiental produz abordagens inéditas sobre as relações entre as sociedades e o meio ambiente, em diferentes temporalidades e com o uso de fontes diversas. O objetivo do dossiê é reunir artigos que problematizem diferentes perspectivas sobre as relações natureza e cultura, discutindo conflitos e tensões de caráter socioambiental, movimentos sociais, paisagens culturais em diferentes contextos e temporalidades e transformações naturais do mundo contemporâneo. Florestas, recursos hídricos, sertões, paisagens, relação rural-urbano, significados simbólicos e culturais e proteção e conservação. 

  • Capa da revista com a máscara de couro vermelha, símbolo da revista

    História do Brasil Profundo
    v. 1 n. 1 (2022)

    História do Brasil Profundo 

    O Brasil enquanto estado-nação tem uma história relativamente recente em comparação a outros países, pois não completou dois séculos da independência formal em relação à Portugal. No entanto, os povos originários e os que vieram durante a colonização e a posterior formação do Estado Nacional, marcaram a construção do “Brasil profundo” – complexo, desigual e diverso.        

    O objetivo do dossiê é reunir artigos que façam a reflexão sobre as histórias desses diversos Brasis, nas esferas simbólica, espacial e social. As fronteiras, o território, circuitos e trajetórias governativas, os espaços de conflitos e resistências, artes e culturas, as diversas práticas sociais, econômicas e políticas que se entrecruzam na construção do Brasil.