O caso de Caetano
alforria e escravidão entre Lisboa e Pernambuco (Século XVIII)
Palavras-chave:
Escravidão, Alforria, Pernambuco colonialResumo
Este trabalho discute o caso de um africano que foi libertado em Portugal, devido a vigência do Alvará de setembro de 1761, a tentativa de seu antigo proprietário em fazê-lo retornar à escravidão e sua luta para manter sua liberdade. Contudo, apesar da liberdade ter se dado em Lisboa, o caso começou em Pernambuco, no ano de 1799, quando se foi enviado um requerimento à rainha d. Maria I, em nome do africano. Portanto, este estudo analisa essencialmente as minúcias deste requerimento e coteja, quando possível, fontes que possam servir de amparo histórico ao relato do africano.
Referências
ALMEIDA, Kátia Lorena Novais. “Valer-se da autoridade do trono para obter sua liberdade”: fuga e alforria – Bahia e Lisboa, 1761-1804. Rev. Hist. (São Paulo), n. 179, 2020, pp. 1-43.
ALMEIDA, Kátia Lorena Novais. Escravos e libertos nas Minas do Rio das Contas – Bahia, século XVIII. Tese (doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia, 2012.
BERNARDES, Denis Antônio de Mendonça. O Patriotismo Constitucional: Pernambuco, 1820-1822. São Paulo: Hucitec: Fapesp; Recife, PE: UFPE, 2006.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício do Historiador. São Paulo: Zahar, 2001.
CARVALHO, Marcus J. M. de. Liberdade: rotinas e rupturas do escravismo no Recife, 1822-1850. 2ª ed. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2010.
COSTA, F. A. Pereira da. Anais Pernambucanos, vol. VII. Recife: Arquivo Público do Estado de Pernambuco, 1958.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Negros, estrangeiros: os escravos libertos e sua volta à África. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
ELTIS, David; RICHARDSON, David. Atlas of The Transatlantic Slave Trade. New Haven & London: Yale University Press, 2010.
GEERTZ, Clifford. The Interpretation of Cultures. New York: Basic Books, 1973.
HESPANHA, António Manuel. Caleidoscópio do Antigo Regime. São Paulo: Alameda, 2012.
HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
LARA, Silvia Hunold. Legislação sobre escravos africanos na América portuguesa. Madrid: Fundación Histórica Tavera, 2000.
LARA, Silvia Hunold. Blowin’ in the wind: E. P. Thompson e a experiência negra no Brasil. Proj. História, São Paulo, n. 12, 1995, pp. 43-56.
LAVRADIO, Marquês do. Cartas da Bahia (1768-1769). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1972.
MELO, Filipe Matheus Marinho de. “Que negros somos nós?”: africanos no Recife, século XVIII. Dissertação (mestrado em História). Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura Regional da Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2021.
MILLER, Joseph. Restauração, reinvenção e recordação: recuperando identidades sob a escravização na África e face à escravização no Brasil. Revista de História, São Paulo, n. 164, 2011, pp. 17-64.
PARÉS, Luis Nicolau. O processo de crioulização no Recôncavo baiano (1750-1800). Afro-Ásia, n. 33, 2005, pp. 87-132.
PATTERSON, Orlando. Escravidão e morte social: um estudo comparativo. São Paulo: Edusp, 2008.
QUARENTA e cinco dias em angola: apontamentos de viagem. Porto: Typographia de Sebastião José Pereira, 1862.
REIS, João José. Domingos Sodré, um sacerdote africano: escravidão, liberdade e candomblé na Bahia do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
REIS, João José. Identidade e diversidade étnicas nas irmandades negras no tempo da escravidão. Tempo, Rio de Janeiro, vol. 2, nº 3, 1996, pp. 7-33.
REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos; CARVALHO, Marcus J. M. de. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro (c. 1822 – c. 1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
SCHWARTZ, Stuart. Burocracia e sociedade no Brasil colonial: o tribunal superior da Bahia e seus desembargadores, 1609-1751. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
SILVA, Cristina Nogueira da; GRINBERG, Keila. Soil Free from Slaves: Slave Law in Late Eighteenth and Early Nineteenth Century Portugal. Slavery & Abolition, v. 32, n. 3, 2011, pp. 431-446.
SILVA, Gian Carlo. A presença africana em Pernambuco: aspectos sobre escravidão, família e sociedade no período colonial – séculos XVI ao XIX. Revista Ultramares, nº 3, vol. 1, 2013, pp. 10-33.
SILVA, Luiz Geraldo. “Esperança de liberdade”. Interpretações populares sobre a abolição ilustrada (1773-1774). Revista de História (São Paulo), n. 144, 2001, pp. 107-149.
SILVA, Luiz Geraldo. A faina, a festa e o rito: uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (sécs. XVII ao XIX). Campinas, SP: Papirus, 2001.
SOARES, Márcio de Sousa. A remissão do cativeiro: alforrias e liberdades nos Campos de Goitacases, c. 1750 – c. 1830. Tese (doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, 2006.
SOARES, Mariza de Carvalho. Devotos da cor: identidade étnica, religiosidade e escravidão no Rio de Janeiro, século XVIII. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2000.
SOUZA, George Félix Cabral de. Elite y ejercicio de poder en el Brasil colonial: la Cámara Municipal de Recife (1710-1822). Tese (doutorado em História). Programa de Doctorado Fundamentos da la Investigación Histórica de la Universidad de Salamanca, 2007.
SOUZA, George Félix Cabral de. Tratos & Mofatras: o grupo mercantil do Recife colonial (c. 1654 – c. 1759). 2ª ed. Recife: Ed. UFPE, 2020.
TOLLENARE, L. F. Notas dominicais tomadas durante uma viagem em Portugal e no Brasil em 1816, 1817 e 1818. Recife: Edupe, 2011.
VENANCIO, Renato Pinto. Cativos do reino: a circulação de escravos entre Portugal e Brasil, séculos 18 e 19. São Paulo: Alameda editorial, 2012.
VIDE, Sebastião Monteiro da. Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. Brasília: Senado Federal, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Sertão História - Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos em História Social e Ambiente
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.