Branco de medo
uma análise das contravenções e crimes cometidos por escravizados na província do Maranhão e noticiados pelo jornal O Conciliador do Maranhão (1822-1823).
Palavras-chave:
Crimes. Escravidão. Medo.Resumo
Este artigo se propõe a analisar os crimes e delitos cometidos por escravizados noticiados pelo jornal O Conciliador do Maranhão entre os anos de 1822 a 1823, entendendo que ações eram uma forma de demonstração de descontentamento com o sistema escravista e também uma forma de resistência contra a violência e exploração que sofriam dos senhores e do Estado.
Referências
ALBUQUERQUE; FRAGA FILHO, W. Uma história do negro no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Ministério da Cultura - Fundação Palmares, 2006.
ALMEIDA, M. da C. de. Os novos quilombos: estudo histórico sobre o processo de identidade das comunidades remanescentes de quilombos da Baixada e do Litoral norte do Estado do Maranhão. 2009.
ANDRADE, M. F. de. A pena de morte e a revolta dos escravos de Carrancas: a origem da lei nefanda- (10 de junho de 1835). Tempo. Revista do Departamento de História da UFF, v. 23, p. 264-289, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/TEM-1980-542X2017v2302041. Acesso em: 21 fev. 2023.
BLAKE, A.V. A. S. Diccionario bibliographico brazileiro. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1883-1902. 7 v. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/221681. Acesso em: 20 fev. 2023.
BRETAS, M. L. O crime na historiografia brasileira: uma revisão na pesquisa recente. In: Boletim Informativo e Bibliográfico de Ciências Sociais, n. 32,1991.
CHALHOUB, S. O conhecimento da História, o Direito à Memória e os Arquivos Judiciais. In: Curso de Formações de Multiplicadores em “Políticas de resgate, preservação, conservação e restauração do patrimônio histórico da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul”. Porto Alegre, 2005. Disponível em: https://www.trt4.jus.br/portais/media/431835/O_conhecimento_da_historia%252C_o_direito_a_memoria_e_os_arquivos_judiciais.pdf
GENOVESE, E. A terra prometida: O mundo que os escravos criaram (I). Tradução Maria Inês Rolim e Donaldson Magalhães Garschagen. Rio de Janeiro: Paz e Terra, Brasília: CNPq, 1988. Coleção Oficinas de história.
GRINBERG, K. Castigos Físicos e Legislação. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz; Dos Santos Gomes, Flávio (Ed.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2018. p.144
GOMES, D. F. Burlar a lei e zombar da ordem: estratégias de resistência do sujeito escravizado em São Luís, década de 1870. Monografia. (Curso de História Licenciatura). UFMA- Universidade Federal do Maranhão. São Luís. 2017.
HEMEROTECA DIGITAL NACIONAL (BIBLIOTECA NACIONAL BRASIL). [Portal BNDigital]. Disponível em: http://bndigital.bn.br/acervo-digital/conciliador-maranhao/749524 acesso em: 23/10/2021.
KOERNER, A. Punição, Disciplina e Pensamento Penal no Brasil do Século XIX. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, v. 68, p. 205-242, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ln/a/7cmSNSzCTfpgkDC4xWwr3vQ/?format=pdf&lang=pt. Acesso: 23.mar.2022.
LARA, S. H. Campos da Violência. São Paulo: Paz e terra, 1988.
MACHADO, M. H. Crime e Escravidão: Trabalho, luta e resistência nas lavouras paulistas, 1830-1888. São Paulo: Brasiliense, 1987.
MATTOS, H.; GRINBERG, K. Código penal escravista e estado. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz; DOS SANTOS GOMES, Flávio (Ed.). Dicionário da escravidão e liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2018. p. 163.
PEDROZA, A. M. N. A escravidão ilegal e a precariedade da liberdade na província do Ceará no século XIX. Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, v. 13, n. 1, 30 jun. 2016.
PEREIRA, J. de J. As representações da escravidão na imprensa jornalística do Maranhão na década de 1880. 2006. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP, São Paulo, 2006.
PEREIRA, J. de J. A rebeldia do trabalho em tempos de escravidão: nuances da experiência do maranhão. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, v. 08, p. 197-215, 2021. Disponível em: http://www.ihgp.net.br/revista/index.php/revista/article/view/274. Acesso: 23.mar.2023
PINHEIRO, R. A. Gênese da imprensa no Maranhão nos séculos XIX e XX. In: Comunicação & Sociedade, São Bernardo do Campo, Pós Com Metodista, a. 29, n. 49, p. 43-64, 2º sem. 2007. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/CSO/article/download/760/770 Acesso em: 21.jan.2022.
PINHEIRO, R. A. O Conciliador e o início do jornalismo maranhense no século XIX. Tese (Doutorado em Comunicação Social). - Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul, Porto Alegre, 2016. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/6968/2/TES_ROSEANE_ARCANJO_PINHEIRO_COMPLETO.pdf Acesso em: 21.jan.2022.
REIS, J. J. e SILVA, E. Negociações e Conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
RIBEIRO, A. P. G. A Imprensa da Independência e do Primeiro Reinado: Engajamento e Mercado. In: Anais do V Congresso Nacional de História da mídia. 5º Congresso Nacional de História da mídia. São Paulo: Intercom, 2007. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/outros/hmidia2007/resumos/R0199-1.pdf. Acesso em: 08 set. 2021.
RIBEIRO, A. V.; SILVA, D. D. O tráfico de escravos africanos: novos horizontes (apresentação do dossiê sob o mesmo nome). Tempo (Niterói. Online), v. 23, p. 1, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tem/a/sW4gvxsV7wT3KkYKXZqXB5d/?lang=pt&format=pdf.
RIBEIRO, A. V. O tráfico atlântico de escravos e a praça mercantil de Salvador (c. 1678 – c. 1830) / Alexandre Vieira Ribeiro. Rio de Janeiro: UFRJ, PPGHIS, 2005.
RIBEIRO, J. L. No meio das galinhas as baratas não têm razão: a Lei de 10 de junho de 1835 – os escravos e a pena de morte no Império do Brasil: 1822-1889. Rio de Janeiro: Renovar, 2005.
SANTOS, A.C. Senhores: vítimas de seus escravos. In: Anais da Caravana Estadual Anpuh Pernambuco, 2015. v. 1. 2011. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B_jIfOXk74NqTmJmUXlJb1hCbDQ/view. Acesso em: 07 set. 2019.
SANTOS, C. A. C. A imprensa maranhense no pós-abolição:
representações do termo liberto no jornal Pacotilha (1888-1908). 2008. Dissertação (Mestrado em História: Poderes, Políticas e Sociabilidades) do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Maranhão. São Luís. 2021.
SANTOS, E. M. Resistência Escrava: as fugas de escravos em São João del Rei na Última Década de Escravidão no Brasil. 64f. Monografia (Especialização em História) – Universidade Federal de São João Del Rei. 2004. Disponível em: https://ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pghis/monografias/resistencia.pdf.
SILVA, I. S. da. É preta, é preto em todo canto da cidade: história e imprensa na São Luís/MA (1820 - 1850). 2017. Tese (doutorado) -- Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em História.
SCHERER JR, C. R. A. Corda branca em carne negra: os escravos e a pena de morte por enforcamento no Brasil Império. In: Simpósio Nacional de História, 26., 2015, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: ANPUH, p.1-17. Disponível em: http://www.snh2015.anpuh.org/resources/anais/39/1426524520_ARQUIVO_CORDABR ANCAEMCARNENEGRAanpuh.pdf .
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Sertão História - Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos em História Social e Ambiente
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
