À mercê do indizível: uma leitura da poética de Ana Cristina Cesar à vista do real lacaniano
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v13i2.1415Palabras clave:
Ana Cristina Cesar, Poesía contemporánea brasileña, Psicoanálisis, Real, SilencioResumen
Ana Cristina Cesar escreveu em alguns poucos anos (1961 a 1982) obra vasta e inesgotável de interpretação, misteriosa gama de sentimentos intensos vez disfarçados nas entrelinhas, vez gritados em verso. Este artigo[1] busca aproximar-se de sua poética visando a figuração do real na obra publicada e não publicada, ao decorrer de vários momentos da vida literária da poeta, utilizando como fonte de análise o volume Poética, compilação de sua produção poética completa. A concepção de real trabalhada é a de Lacan, respaldada por leituras do próprio autor e de dois comentadores do seu conceito, Badiou e Prigent. O artigo parte, então, de uma breve apresentação de Ana Cristina Cesar, seguida da explicação do real que é utilizada na análise, e, finalmente, desenvolve-se uma relação entre real psicanalítico lacaniano lido na poesia de A. C. Cesar, através de análises de seis poemas de diferentes pontos de sua carreira, desde a adolescência à vida adulta.
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