VISIONS PORTUGAISES DU MAROC
d’un territoire à nous à un pays pour tous
DOI:
https://doi.org/10.47295/mren.v12i1.674Palabras clave:
Maroc ; Portugal ; visions ; voyageResumen
Pour des raisons qui ne sont pas faciles à comprendre, le Maroc n’est pas un thème fréquent, ni dans la bibliographie ni dans la littérature portugaise. Cet article essaye d’analyser le peu qui a été publié sur le sujet au siècle dernier, suggérant que la vision du Maroc peut être envisagée en deux moments. Le premier, en plus de dévaloriser le territoire, sa culture et ses habitants, tend à souligner les traits portugais restés au Maroc et même à revendiquer les prétendus droits historiques du Portugal. Dans une seconde phase, le Maroc est désormais perçu comme un pays complexe et séduisant, marqué par un compromis entre tradition et modernité. Cette vision apparaît dans des albums photographiques (comme celui d’Alexandre Alves Costa et Álvaro Siza) et dans des livres de voyage (par des journalistes comme Miguel Sousa Tavares et Maria João Ruela ou par des philologues comme Fernando Venâncio). Fait intéressant, et peut-être à contre-courant, le Maroc apparaît aussi dans deux romans récents d’auteurs peu connus (Luís Soares et Miguel Velha Braga) comme un scénario lié au trafic de drogue.
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