E SEM O SEU TRABALHO, SE MORRE, SE MATA

TRABALHO, VIOLÊNCIA E AMOR NAS CANÇÕES DE CHICO BUARQUE E GILBERTO GIL

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47295/mren.v13i2.1603

Palabras clave:

Trabalho. Amor. Lazer. Morte. Violência.

Resumen

O presente trabalho tem, como objetivo, apresentar como o falho sistema escravista e a sua abolição deixaram consequências negativas nos descendentes dessa população, Para isso, são analisadas cinco canções brasileiras compostas na segunda metade do século XX: as canções do lado A do álbum Construção (1971), de Chico Buarque, e a canção Domingo no Parque (1967), de Gilberto Gil. A análise das canções permitiu notar que tanto os trabalhadores brasileiros que tentam quanto os que não tentam escapar da marginalidade acabam tendo o mesmo destino trágico.  A conclusão é que, desde o escravizados do século XIX até os trabalhadores do século XX permaneceram as seguintes características: a inabilidade de comunicação do amor, a morte prematura e a vinculação do descanso e da diversão à violência.

Biografía del autor/a

Hêmille Perdigão, Universidade Federal do Paraná

Bacharela em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Mestra em Letras: Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com apoio e financiamento da CAPES.

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Discografia:

BUARQUE, Chico. Construção. Philips, 1968.

GIL, Gilberto. Gilberto Gil. Philips, 1968.

Publicado

2024-06-27

Cómo citar

Perdigão, H. (2024). E SEM O SEU TRABALHO, SE MORRE, SE MATA: TRABALHO, VIOLÊNCIA E AMOR NAS CANÇÕES DE CHICO BUARQUE E GILBERTO GIL. Macabéa - Revista Eletrônica Do Netlli, 13(2), 64–82. https://doi.org/10.47295/mren.v13i2.1603