E SEM O SEU TRABALHO, SE MORRE, SE MATA

TRABALHO, VIOLÊNCIA E AMOR NAS CANÇÕES DE CHICO BUARQUE E GILBERTO GIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mren.v13i2.1603

Palavras-chave:

Trabalho. Amor. Lazer. Morte. Violência.

Resumo

O presente trabalho tem, como objetivo, apresentar como o falho sistema escravista e a sua abolição deixaram consequências negativas nos descendentes dessa população, Para isso, são analisadas cinco canções brasileiras compostas na segunda metade do século XX: as canções do lado A do álbum Construção (1971), de Chico Buarque, e a canção Domingo no Parque (1967), de Gilberto Gil. A análise das canções permitiu notar que tanto os trabalhadores brasileiros que tentam quanto os que não tentam escapar da marginalidade acabam tendo o mesmo destino trágico.  A conclusão é que, desde o escravizados do século XIX até os trabalhadores do século XX permaneceram as seguintes características: a inabilidade de comunicação do amor, a morte prematura e a vinculação do descanso e da diversão à violência.

Biografia do Autor

Hêmille Perdigão, Universidade Federal do Paraná

Bacharela em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Mestra em Letras: Estudos da Linguagem pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com apoio e financiamento da CAPES.

Referências

ARAUJO, Cristiano Santos. Dicró: um testemunho poético do humor no samba carioca. Brasília: UnB, 2022, Tese (Doutorado em Literatura) do Programa de Pós-Graduação em Literatura, Universidade de Brasília, Brasília, 2022.

BUARQUE, C. Deus lhe pague. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/obra/album/12. Acesso em: 16 jun. 2023.

BUARQUE, Chico. Cotidiano. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/obra/album/12. Acesso em: 16 jun. 2023.

BUARQUE, Chico. Desalento. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/obra/album/12. Acesso em: 16 jun. 2023.

BUARQUE, Chico. Construção. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/obra/album/12. Acesso em: 16 jun. 2023.

CARDOSO, Ângelo Nonato Natale. A linguagem dos tambores. Salvador, UFBA, 2006, Tese (Doutorado em Etnomusicologia) do Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2006.

FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na Ordem Escravocrata. São Paulo: Ática, 1976.

GIL, Gilberto. Todas as letras / Gilberto Gil. Organização e colaboração especial Carlos Rennó. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

JARDIM, Gil. O arranjo como estrutura e tecido do discurso musical. Revista USP, n.11, p. 45-58, 2016.

KOWARICK, Lúcio. Trabalho e Vadiagem: a origem do trabalho livre no Brasil. São Paulo: Editora 34, 2019.

MARAM, Sheldon Leslie. Anarquistas, imigrantes e o movimento operário no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

MATOS, Cláudia de. Acertei no milhar: malandragem e samba no tempo de Getúlio. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

MELLO, Zuza Homem de. A Era dos Festivais: uma parábola. São Paulo Editora 34, 2003.

MELLO, Zuza Homem. de; SEVERIANO, J. A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras, volume 2: 1959-1981. São Paulo: Editora 34, 2015.

PRADO Jr, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1957.

Discografia:

BUARQUE, Chico. Construção. Philips, 1968.

GIL, Gilberto. Gilberto Gil. Philips, 1968.

Downloads

Publicado

2024-06-27

Como Citar

Perdigão, H. (2024). E SEM O SEU TRABALHO, SE MORRE, SE MATA: TRABALHO, VIOLÊNCIA E AMOR NAS CANÇÕES DE CHICO BUARQUE E GILBERTO GIL. Macabéa - Revista Eletrônica Do Netlli, 13(2), 64–82. https://doi.org/10.47295/mren.v13i2.1603