ARTE CARNAVALESCA - A EFEMERIDADE SOB O OLHAR ESTÉTICO DA ARTE
Palavras-chave:
Carnaval; , Arte, Arte Efêmera, Didi-HubermanResumo
Há, no Brasil, muitas formas de manifestações culturais devido às raízes da população, uma vez que recebeu a contribuição de diversos povos. A cultura popular constitui-se nas formas de ser, agir, pensar e se expressar dos diferentes grupos. São práticas e ações sociais advindas de crenças, valores e regras morais que permeiam e identificam um agrupamento. Dentre essas festas, encontra-se o carnaval, considerada a maior festa popular do Brasil. As escolas de samba caracterizam o carnaval brasileiro em diversas cidades. O processo de construção artístico cultural de uma escola de samba fica a cargo de um personagem denominado Carnavalesco, que é um importante personagem dos bastidores de um desfile de carnaval. O presente trabalho traz a professora e carnavalesca Maria Augusta Rodrigues que, em 2015, concedeu uma entrevista ao jornalista Caio Barretto Briso do jornal O Globo, na qual ela falou um pouco de sua construção como carnavalesca. Das falas da professora Maria Augusta, uma, sem sombra de dúvidas, chamou-me a atenção: quando ela se reporta à arte de consumo imediato, a arte efêmera. Para discutir o conceito de arte efêmera, produzida pelos carnavalescos, em particular pela professora Maria Augusta Rodrigues, o trabalho se pauta, inicialmente, no pensamento de Didi-Huberman em sua participação, em 2017, na conferência “Imagens e Sons como Forma de Luta”, que ocorreu no SESC São Paulo.