SERTÃOPUNK:
novas perspectivas utópicas decoloniais na América Latina a partir da ficção especulativa
Palabras clave:
Sertãopunk, Utopia, América-latinaResumen
A presente pesquisa se desenrola no bojo da noção de utopia acrescida no ocidente e sua consequência de fabulação pejorativa do nordeste brasileiro. Através da historiografia, volta-se para a análise da construção de modernidade positivista endossada pelas narrativas visuais no Brasil. Nesse cenário, sugere-se que a utopia do amanhã deve partir de outro eixo. Para tal, a pesquisa propõe uma investigação das produções e publicações acadêmicas, visuais e literárias do movimento estético sertãopunk. Nesse movimento gestado na ficção futurista do afrofuturismo, realismo mágico e solarpunk, intenciona-se pensar o futuro por uma ótica não desenvolvimentista, de resgate de saberes e tecnologias ancestrais como estratégia de sobrevivência. Centraliza-se, no debate, uma perspectiva ecossustentável com protagonismo de vivências nordestinas sufocadas pelo capitalismo dependente, utilizando, como ponto de partida, a obra dos idealizadores do movimento, Gabriele Diniz, Alan de Sá e Alec Silva.