Bios-grafias das mil rosas roubadas: uma leitura crítica biográfica da juventude em Silviano Santiago

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v13i2.1398

Palabras clave:

Mil rosas roubadas, Crítica biográfica, Silviano Santiago, Grafias-de-vida

Resumen

O presente artigo objetiva explanar uma leitura da obra Mil rosas roubadas (2014) a partir do conceito de grafias-de-vida (Santiago, 2020) e da epistemologia crítica biográfica (Souza, 2002). No livro Fisiologia da Composição, publicado em 2019 pelo crítico Silviano Santiago, a dita “relação homológica” entre o corpo do autor e a escrita na literatura é trazida à luz pelo conceito de grafias-de-vida, dessa concepção,a literatura é um processo composicional no qual o corpo se inscreve em forma de vocábulo. Sendo assim, a leitura da obra Mil rosas roubadas (2014) realizada neste artigo, guiou-se pelo conceito de grafias-de-vida, relacionando a obra com a juventude do autor e evidenciando as grafias por nós encontradas. Para tanto, usaremos como aparato teórico o livro Fisiologia da Composição (2019) e o ensaio “MIL ROSAS ROUBADAS: a metáfora de (re)contar uma vida”, dos pensadores Pedro Henrique Alves de Medeiros e Edgar Cézar Nolasco, para conceituar as grafias-de-vida, ademais, nos valemos das proposições do próprio romance para traçar a relação entre vida, corpo e inscrição. Por fim, nossa reflexão se baseia em uma epistemologia crítica biográfica (Souza, 2002) que marca nosso pensamento em relação à natureza compósita da literatura de Silviano. Espera-se, portanto, evidenciar a relação entre corpo e literatura constatadas por Silviano Santiago no conceito de grafias-de-vida, além de apresentar a relação entre a inscrita biográfica na obra Mil rosas roubadas (2014) e a juventude do autor.

Biografía del autor/a

Indayá de Souza Nogueira, Universidade Federal Mato Grosso do Sul

Graduanda em Letras Português-Espanhol pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC/ UFMS) pela Fundect- Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia sob orientação do Prof. Dr. Edgar Cézar Nolasco com o projeto intitulado "Escrever para com-viver: Racionais Mcs e o rap como devir descolonial". É membro do Núcleo de Estudos Culturais Comparados- NECC e participante dos projetos Estudos Culturais Comparados, Paisagens transculturais na fronteira sem lei e Cadernos de Estudos Culturais. 

Edgar Cézar Nolasco, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Professor titular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Possui mestrado em Teoria da Literatura (UFMG), doutorado em Literatura Comparada (UFMG), com pós-doutorado em Cultura (PACC-UFRJ). Ministra as disciplinas Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Graduação em Letras e Literatura Comparada e Teorias sem disciplina na Pós-Graduação Estudos de Linguagens. É fundador e coordenador do NECC: NÚCLEO DE ESTUDOS CULTURAIS COMPARADOS (desde 2009), e editor-presidente dos periódicos do grupo CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS (desde 2009). Além de estudioso da obra de Clarice Lispector, tem pesquisado e orientando projetos acerca dos Estudos descoloniais/fronteiriços. 

Citas

MEDEIROS, Pedro Henrique Alves de. Escrevivências em Silviano Santiago: exercícios de crítica biográfica fronteiriça. Curitiba: Editora CRV, 2023.

MEDEIROS, Pedro Henrique Alves de; NOLASCO, Edgar Cézar. MIL ROSAS ROUBADAS: a metáfora de (re)contar uma vida. Revista UNIABEU, Rio de Janeiro, v. 10, n. 26, p. 86-93, 2017.

NOLASCO, Edgar. Políticas da crítica biográfica. Cadernos de Estudos Culturais, Campo Grande, v. 2, n. 4, p. 35-50, jul.-dez. 2010.

SANTIAGO, Silviano. Fisiologia da composição: gênese da obra literária e criação em Graciliano Ramos e Machado de Assis. Pernambuco: Editora Cepe, 2020.

SANTIAGO, Silviano. Mil rosas roubadas: romance. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

SANTIAGO, Silviano. Stella Manhattan. São Paulo: Companhia das Letras, 1985.

SESC TV. Silviano Santiago apresenta seu local de trabalho. Youtube, 12 de abril de 2016. Disponível em: https://youtu.be/tz_xsB5hKlk?si=hkDyr_EU1FS_YQv5.

SOUZA, Eneida Maria de. Crítica cult. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

Publicado

2024-09-03

Número

Sección

Artigos - Estudos Literários