DOIS AMORES E DUAS CIDADES:
UMA LEITURA AGOSTINIANA DA OBRA CORPOS E ALMAS, DE MAXENCE VAN DER MEERSCH
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i1.241Keywords:
Agostinho. Amor. Literatura. Romance. Cristianismo.Abstract
Considerando a perspectiva fundada por Santo Agostinho concernente aos dois amores e as duas cidades, objetiva-se, neste artigo, verificar o quanto deste pensamento se reflete na obra Corpos e Almas, do escritor francês Maxence Van Der Meersch. Numa primeira parte, procedeu-se a uma revisão teórico-conceitual de conceitos do campo da Linguística, teoria da Literatura e Literatura Comparada quanto à intertextualidade e o dialogismo que pode ocorrer em um texto e outro, apresentando em seguida o pensamento de Santo Agostinho quanto ao amor e suas implicações. Posteriormente, procedeu-se à análise do romance, selecionando-se três personagens, sendo eles Jean Doutreval de Carvalho, Michel e Evelyne Goyens, nos quais verificou-se a presença da concepção agostiniana das duas cidades. Desse modo, observou-se que a obra de Meersch foi escrita sob o plano de fundo do pensamento de Santo Agostinho tocante ao amor, em que os personagens são construídos de um modo a representarem as duas cidades ou sociedades de homens: Jean Doutreval a Cidade dos homens que amam somente a si mesmos a ponto de desprezarem os demais; Michel e Evelyne, a cidade dos homens que amam o outro a ponto de renunciarem a si próprios. E nesse amor desprendido de si mesmo o indivíduo encontra a felicidade e sua salvação. O que permite concluir uma leitura agostiniana do romance francês.
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- 2022-06-20 (2)
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