Aspectos neológicos e ideológicos na tradução do léxico em web notícias
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v13i2.1329Palavras-chave:
Léxico, Tradução jornalística, Língua espanholaResumo
Tomando a produção e a tradução jornalísticas como fundamentais para a difusão do léxico em uma comunidade linguística, este estudo tem como objetivo analisar as estratégias utilizadas para a tradução de unidades lexicais em artigos jornalísticos opinativos (fontes estáveis de tradução) contrastando-as com as estratégias empregadas na tradução de artigos informativos (fontes instáveis de tradução), segundo Hernández Guerrero (2011). Para tanto, o estudo buscou investigar as “marcas de tradução” na versão de textos do português para o espanhol dos jornais El País e Folha de S. Paulo, além de discutir aspectos neológicos e ideológicos implicados na tradução de tais textos. Nos pautamos nos trabalhos de Lara (2006), Borba (2006), Hernández Guerrero (2011), Bielsa (2016) e Simão e Stupiello (2017), a fim de discutir as questões lexicais envolvidas na esfera da tradução jornalística. Para tratar do processo neológico, utilizamos Correia e Almeida (2012), bem como Mittmann (1999) e Venuti (2002) para questões discursivas abordadas no âmbito da tradução. Na análise, partimos da hipótese de que diferentes tipologias textuais possam condicionar o emprego de diferentes estratégias de tradução, conforme visto na literatura da área. A partir de uma metodologia contrastiva de análise da tradução do léxico nos dois gêneros abordados (textos informativos e opinativos), os resultados puderam apontar para a possilibilidade de que as percepções ideológicas do autor e do tradutor em torno das culturas para as quais redigem sejam diferentes. Também pudemos observar algo pouco frequente na esfera da tradução, sobretudo da jornalística: a visibilidade do tradutor manifestada pelas marcas de tradução.
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