A BICICLETA QUE TINHA BIGODES BETWEEN AN INVENTED WORD AND RESISTANCE

Authors

  • Dheiky do Rêgo Monteiro Rocha Universidade Federal de Campina Grande
  • Márcia Tavares Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.47295/mren.v14i1.2254

Keywords:

Portuguese-speaking African literature. Angolan youth literature. Ondjaki. Fantasy and real. Decoloniality.

Abstract

This article aims to analyze the presence of social resistance of the characters in the construction of the Angolan youth literary work A bicicleta que tinha bigodes, by Ondjaki, around decolonial relations. In view of this purpose, based on contemporary literary characteristics and epistemological specificities, this bibliographical research is based on the studies of Walter Mignolo (2017), Inocência Matta (2000) and Nelson Maldonado-Torres (2019), regarding the conceptions of coloniality and decoloniality in the African context, in the studies of Demétrio Paz and Camila Fenner (2020) and Celso Sisto Silva (2016), regarding a literary criticism of Ondjaki's children's and youth literature. It is concluded that the composition of verbal and visual creations, allied to a creative graphic project, in the juvenile work A bicicleta que tinha bigodes, is configured in the possibility of expressing social, political and cultural resistance at the symbolic level, using of fantasy and the real, through the voice of the narrator and the characters, imprinting characteristics of decoloniality in the construction of African imaginaries potentially in emancipation, subsidized in the political process of the country and, above all, in the universe of childhood.

Author Biographies

Dheiky do Rêgo Monteiro Rocha, Universidade Federal de Campina Grande

Graduado em Licenciatura Plena em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Universidade Estadual do Piauí; Mestre em Letras, área de concentração em Literatura, Memória e Cultura, pela Universidade Estadual do Piauí; Doutorando em Linguagem e Ensino (2021-atual), área de concentração em Estudos Literários, pertencendo à linha de pesquisa Práticas Leitoras e Diversidade de Gêneros Literários, do Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino (PPGLE), pela Universidade Federal de Campina Grande, na qualidade de bolsista da CAPES, Brasil.

Márcia Tavares, Universidade Federal de Campina Grande

Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1997) e doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (2002). Estágio pós-doutoral na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP-Presidente Prudente (2017). Professora efetiva da Universidade Federal de Campina Grande. Faz parte do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguagem e Ensino (PPGLE) da mesma universidade.

References

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. Tradução: Dionisio da Silva Pimenta. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. 2. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2019. p. 27-54.

MATTA, Inocência. O pós-colonial nas literaturas africanas de língua portuguesa. In: X Congresso Internacional da ALADAA (Associação Latino-Americana de Estudos de Ásia e África) sobre CULTURA, PODER E TECNOLOGIA: África e Ásia face à Globalização – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro – 26 a 29 de outubro de 2000. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4033274/mod_resource/content/1/MATA%2C%20Inoc%C3%AAncia%20-%20O%20p%C3%B3s-colonial%20nas%20literaturas%20africanas.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2024.

MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Rev. Bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 32, n. 94, 2017. p. 1-18.

ONDJAKI. A bicicleta que tinha bigodes. Rio de Janeiro: Pallas, 2013. 92 p.

PAZ, Demétrio Alves; FENNER, Camila Knebel. Entre memórias e histórias: a literatura infantojuvenil de Ondjaki. Caderno Seminal Digital, n. 34, v. 34, p. 35-53, jan.-jun. 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.12957/cadsem.2020.48175>. Acesso em: 30 jan. 2024.

RUI, Manuel. Eu e o outro: o invasor ou em poucas três linhas uma maneira de pensar o texto. Comunicação apresentada no Encontro Perfil da Literatura Negra. São Paulo, Brasil, 23/05/1985.

SILVA, Celso Sisto. Literatura, ideologia e cidadania: o pequeno leitor como foco do diálogo entre história e ficção em A bicicleta que tinha bigodes, de Ondjaki. In: DEBUS, Eliane; JULIANO, Dilma Beatriz; BORTOLOTTO, Nelita (orgs.). Literatura infantil e juvenil: do literário a outras manifestações estéticas. Tubarão: Copiart: Unisul, 2016. (Coleção Linguagens).

TUTIKIAN, Jane. “Lá onde mora a infância (um estudo dos contos de Luandino Vieira e de Ondjaki)”. In: REMÉDIOS, Maria Luiza Ritzel; SILVEIRA, Regina da Costa da (orgs.). Redes & Capulanas: identidade, cultura e história nas literaturas lusófonas. Porto Alegre: UniRitter, 2009.

Published

2025-07-02

How to Cite

Rocha, D. do R. M. ., & Tavares, M. (2025). A BICICLETA QUE TINHA BIGODES BETWEEN AN INVENTED WORD AND RESISTANCE. Macabéa - Revista Eletrônica Do Netlli, 14(1), 62–79. https://doi.org/10.47295/mren.v14i1.2254