Interseccionalidade e multiplicidade feminina em cordel: Coração na aldeia, pés no mundo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v12i2.772

Palavras-chave:

Literatura Indígena, Literatura de cordel, Mulheres indígenas, Interseccionalidade

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura da obra Coração na aldeia, pés no mundo, da escritora e cordelista indígena Auritha Tabajara. À luz da teoria da interseccionalidade, esta análise compreende três momentos da obra, os quais se inter-relacionam e se complementam. Verificou-se que diversas categorias da diversidade humana são mobilizadas para sustentar as relações de poder e opressão da mulher indígena, por meio dos domínios de poder cultural, estrutural, disciplinar e interpessoal. Esses domínios de poder acionam raça, classe, gênero, etnia, religião, orientação sexual para determinar os limites, os contornos da feminilidade indígena, nos moldes da concepção eurocentrada de mulher. Entretanto, o cordel de Auritha rejeita esse padrão e sua literatura resiste.

Biografia do Autor

Marcia Almeida, Universidade Estadual de Maringá

Marcia Geralda de Almeida é graduada em Letras Habilitação Português/Inglês e Literaturas Correspondentes pela Universidade Estadual de Maringá. Vinculada ao Grupo de estudos literários "Materialismo Lacaniano". Mestre em estudos literários e doutoranda na Universidade Estadual de Maringá.

Géssica Nunes, Universidade Estadual de Maringá

Graduada em Letras Português pela Universidade Estadual de Maringá. Especialista em Gestão Escolar Indígena. Atua como docente na Escola Estadual Indígena Yvy Porã.

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Publicado

2023-11-19

Edição

Seção

Artigos - Estudos Literários