A relação professor formador e professor estagiário: uma reflexão sobre afetos e poder de agir
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v12i2.676Palavras-chave:
Formação inicial, Formador, Afetos, Poder de agirResumo
O presente artigo tem o objetivo de investigar como os afetos gerados por professores formadores podem interferir na ampliação do poder de agir de professores em formação inicial. Para tanto, realizamos um estudo junto aos alunos do curso de Letras (língua português/francês), da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O corpus analisado neste artigo é composto por respostas apresentadas por nossos sujeitos de pesquisa a um questionário elaborado pelos autores deste estudo. A fim de analisarmos o discurso dos discentes e de compreendermos as relações dialógicas estabelecidas, recorremos aos estudos da linguagem de Bakhtin e o Círculo (Bakhtin, 2011) e à Teoria dos Afetos (Spinoza, 2019). Em nossos resultados, foi possível concluir que, embora as questões relacionadas aos afetos não representem um tema recorrente na formação inicial dos professores do curso de Letras, a relação de alteridade estabelecida entre o professor formador e os formandos é um ato inquestionável. Além disso, observamos que os afetos estabelecidos nessa relação podem servir de alargadores das potencialidades e do poder de agir dos futuros profissionais; por isso, devem ser objeto de maior reflexão na formação inicial.
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