Aspectos morfossintáticos em redações nota mil do Enem
os clíticos e as orações relativas padrão
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i3.270Palavras-chave:
Clíticos, Orações relativas, Gramática periférica, Redações do Enem, Português brasileiroResumo
Neste artigo, temos como objetivo principal analisar o uso dos clíticos e das orações relativas em redações nota mil do Enem, a fim de (1) observar como vestibulandos realizam os clíticos e as orações relativas em redações que alcançaram a nota máxima; (2) verificar se vestibulandos utilizam estruturas da gramática vernacular nessas redações; e (3) refletir sobre o papel da escola na manutenção/recuperação do uso dos clíticos e das orações relativas padrão nesses textos. Para tanto, analisamos – quantitativa e qualitativamente – 44 redações que obtiveram nota mil no Enem 2019. Como fundamentação teórica, adotamos os pressupostos gerativistas (cf. CHOMSKY, 1986 e seguintes), considerando a expansão da gramática periférica a partir do input fornecido na escolarização (cf. KATO, 2005; 2018). Os resultados mostram que os vestibulandos deram preferência às normas prescritas na gramática tradicional e as estratégias vernaculares não predominaram nas redações, confirmando que a escola tem um papel imprescindível na manutenção/recuperação desses fenômenos, que não fazem parte da gramática nuclear dos falantes. Além disso, os dados indicam que produções eliciadas e monitoradas contribuem para a realização de elementos em mudança linguística.
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