Imagens e palavras: uma análise sobre O Conto da Aia e a série The Handmaid’s Tale
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v13i2.1488Palavras-chave:
Margaret Atwood, O conto da aia, Adaptação, Intermidialidades, SubalternidadeResumo
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a obra O Conto da Aia (1985), de Margaret Atwood, e a sua adaptação para a televisão criada por Bruce Miller. Dessa maneira, o trabalho visa uma discussão acerca da teoria da adaptação de Hutcheon (2011), dos estudos sobre intermidialidades e pontos de vista cinematográficos, além de uma análise sobre os silêncios e sobre a presença da subalternidade na personagem central das obras. Para isso pretende-se investigar, por meio da análise literária e da análise intermidial, como a narradora-protagonista vê a sua posição social no atual contexto em que se encontra, além de expor algumas intertextualidades presentes nas obras. Como metodologia para este trabalho utilizamos um arcabouço teórico pautado no estudo da teoria da literatura, na crítica literária feminista, nos estudos de gênero e nas análises intermidiais, como os estudos de Mulvey (1975), para auxiliar na investigação dos estudos de subalternidade utilizamos as contribuições de Gayatri Spivak e nos valemos do trabalho de Oliveira (2020) para analisar os silêncios das personagens. Assim, pretende-se realizar, para além de uma análise sobre o perfil da mulher que narra o livro e a série, The Handmaid’s Tales, mas também apontar como as mulheres são subjugadas por seu papel específico nas sociedades, apontando como os focos narrativos e cinematográficos proporcionam a discussão sobre o posicionamento da mulher dentro e fora das obras.
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