Da incompreensão ontológica à catarse em Hilda Hilst
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v13i1.1064Palavras-chave:
Hilda Hilst, A obscena senhora D, Morte, AcabamentoResumo
Nosso estudo se direciona à investigação dos aspectos operacionais da agência de e sobre Hillé, sobretudo no tocante à busca de compreensão, que confluem na admissão do elemento da morte como acabamento/catarse da personagem. Nesse sentido, percorremos três vias até a superação disfórica. Inicialmente, consideramos pertinente refletir sobre a tentativa de auferir-se nitidez através da construção de definições da personagem sobre si, bem como de visões e outros componentes exteriores que também atuam na formação de tais definições. Adiante, a protagonista explora tessituras do luto e da morte, repousando, nesse último elemento, a resolução de seus conflitos existenciais – seu acabamento. Na última seção, discutimos acerca da dissociação estabelecida por Hillé entre o divino e o terreno, que subtende uma integração de sua busca não delimitada. Para tanto, recorremos, substancialmente, às obras Luto e melancolia, de Freud (2016), e O autor e o herói, de Bakhtin (1997).
Referências
AUERBACH, Erich. A meia marrom. In: AUERBACH, Erich. Mimesis. São Paulo: Perspectiva, 1971, p. 459 – 487.
BAKHTIN, Mikhail. O autor e o herói. In: BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Maria Emsantina Galvão G. Pereira. 2º edição. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
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FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. Tradução Marilene Carone. Jornal de Psicanálise, São Paulo, v. 49 n. 90, p. 207-224. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jp/v49n90/v49n90a16.pdf. Acesso em 02 ago. 2023.
HILST, Hilda. A obscena senhora D. São Paulo: Globo, 2001.
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