Relações de posse no falar de Fortaleza: uma análise variacionista de fatores extralinguísticos
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v12i2.773Palabras clave:
Pronomes possessivos, 1ª pessoa do plural, Fatores extralinguísticos, Sociolinguística Variacionista, Falar de FortalezaResumen
Tendo por base os fundamentos da teoria da variação e mudança linguística empiricamente orientada por Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]), este artigo se propõe a analisar os fatores extralinguísticos que condicionam as relações de posse das formas nosso/a(-s) e da gente nos dados do corpus do Projeto Descrição do Português Oral Culto de Fortaleza – PORCUFORT (Fase II). As variáveis extralinguísticas consideradas são sexo, faixa etária, tipo de inquérito, naturalidade dos pais, escolaridade (IES pública ou particular) e localidade (por região). O banco de dados de nossa pesquisa conta com 70 informantes, extraídos dos tipos de inquéritos DID (Diálogo entre Informante e Documentador) e D2 (Diálogo entre Dois Informantes), estratificados de acordo com o sexo, a faixa etária e o tipo de registro, contando com um total de 509 ocorrências. O programa estatístico GOLDVARB X selecionou, por ordem de relevância, os grupos de fatores faixa etária e regional como favorecedores da variante da gente. Os achados mais notáveis indicam que a forma de posse da gente ainda apresenta contextos de restrição de ocorrência. Disso extraímos que a variante inovadora, na comunidade de fala culta fortalezense, mostra-se ainda estar distante de ser implementada.
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