Autoritarismo, violência e silenciamento
um retrato da Guerrilha do Araguaia no romance Palavras cruzadas, de Guiomar de Grammont
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i3.249Palabras clave:
Guerrilha do Araguaia, Desaparecidos da ditadura, Ditadura militar, Participação feminina, Relações de poderResumen
Após a ditadura militar de 1964 no Brasil, muitas famílias ficaram sem resposta sobre o que havia acontecido com seus entes queridos, os quais eram perseguidos políticos na época. É neste cenário que se ambienta o romance Palavras Cruzadas, de Guiomar de Grammont, publicado em 2015, cuja problemática central é a busca de Sofia por seu irmão Leonardo, um guerrilheiro que desapareceu em Araguaia. Com este estudo, pretende-se evidenciar no romance as relações de poder, identificadas pela percepção dos mecanismos de poder utilizados pelo exército como forma de dominação; a presença de uma personagem feminina atuando diretamente nesse momento histórico e o drama vivido pelas famílias por conta do silêncio acerca dos seus desaparecidos. Serão utilizados como aporte teórico a obra O que resta da ditadura (2010), organizada por Edson Teles e Vladimir Safatle; Vigiar e punir (1987), de Michel Foucault; O poder simbólico (2010), de Pierre Bourdieu; além do sítio eletrônico da Comissão Nacional da Verdade – CNV (BRASIL, 2012); artigos; monografias e entre outros.
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