Perspectiva mística do modernismo brasileiro: os poetas e os poemas que fizeram a revista Festa

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v13i1.1244

Palabras clave:

Modernismo espiritualista, Revista Festa, Poesia modernista

Resumen

Este artigo se é o produto final do projeto de pesquisa “Modernismo e Mística” (2022/2023), que investigou o caso do mensário de pensamento e arte Festa. Encabeçado por Tasso da Silveira e Andrade Muricy, a Festa surge em meio a uma atmosfera de discussões acaloradas e de intensos debates acerca da arte moderna no Brasil. Os intelectuais que compuseram tal revista destituíam a arte moderna do primitivismo dos Andrades (Mário e Oswald) e do futurismo dinamista de Graça Aranha. Com isso, em 1927, cria-se o mensário de pensamento e arte Festa, cujo vínculo artístico se fundamenta primordialmente no ideal da universalidade espiritualista que reinicia o pensamento e a arte brasileira num estreito vínculo com o místico-filosófico, o qual desemboca numa promessa de renovação e de esplendor da tradição. Dada a sua filosofia dissonante, a revista por muito tempo foi alocada no lado menos barulhento do modernismo brasileiro, o que acarretou uma carência de estudos por parte da crítica especializada. Logo, este artigo intenciona reconfigurar esse quadro ao investigar os poetas-Festa e seus respectivos poemas, mostrando assim o que foi o modernismo espiritualista. Ademais, o artigo nos propicia conceber a importância de tal grupo para a literatura brasileiras. À vista disso, entramos em diálogo com determinados teóricos, como Gilberto Teles (2012), Alfredo Bosi (2006), Eugênio Péricles (1979) e Neusa Simões (1971) a fim de compreendermos, panoramicamente, o que foi o modernismo brasileiro. Foi também essencial a leitura dos textos doutrinários publicados no próprio mensário para termos uma noção do modernismo espiritualista apresentado pelos intelectuais e, principalmente, pelos poetas da revista. Por tudo, buscamos com essa empreitada acender as luzes dessa Festa que a crítica por muito deixou se apagar.

Biografía del autor/a

Gustavo Santos Reis, Universidade Federal de Sergipe

Graduando em Letras pela Universidade Federal de Sergipe. 

Alexandre de Melo Andrade, Universidade Federal de Sergipe

Professor do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Federal de Sergipe. Doutor em Letras pela Universidade Estadual Paulista (UNESP/Araraquara). Bolsista de Produtividade do CNPq nível 2.

Rodrigo Michell dos Santos Araujo

Doutor em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Portugal, e doutorando em Letras (Estudos Literários) pela Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, Brasil.

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Publicado

2024-05-19

Número

Sección

Artigos - Estudos Literários