A FIGURATIVIZAÇÃO RECORRENTE DE MOSCAS EM CONTOS DE DALTON TREVISAN E A IMINÊNCIA DA MORTE

Abstract

Os trabalhos de Dalton Trevisan trazem à luz muitas personagens marginalizadas da sociedade — principalmente da curitibana, a qual ele esmiúça em inúmeras de suas produções. Além da figurativização da cidade, é possível observar o mesmo processo em relação às moscas em contos como “Gigi”, “Clínica de repouso”, “Quarto de hotel” e “Pedrinho”, os quais foram analisados, no presente trabalho segundo o livro Teoria Semiótica do Texto, de Barros (2005). Buscamos, neste artigo, defender a noção de que a recorrente figurativização desses insetos ocorre não apenas como um indicativo de morte concreta, mas também, e principalmente, como uma sugestão de morte iminente.