A influência das abordagens de ensino nas aulas de inglês: uma experiência em uma escola pública

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v12i3.922

Palavras-chave:

Abordagens de ensino, Língua inglesa, Linguística Aplicada, Escola pública, Ensino de línguas

Resumo

Ao longo dos anos, os estudos de ensino e aprendizagem de línguas criaram uma grande variedade de abordagens de ensino focalizadas em objetivos distintos. Nesta pesquisa, investigamos as metodologias de ensino de línguas e temos como objetivo apresentar uma análise da influência do método escolhido pelos professores nas aulas de inglês, e ainda, analisar se os métodos escolhidos estão em consonância com os objetivos pedagógicos dos docentes. Para a consecução dos objetivos, buscamos apoio teórico nos postulados de Liu e Shi (2007) e Brown (2007), que tratam das abordagens de ensino de línguas; Moita Lopes (2006) e Leffa (2001), que tratam da ciência Linguística Aplicada; Pennycook (2017) e Ladson-Billings (1995), que nos orientam a uma prática pedagógica mais efetiva em sala de aula; Almeida Filho (2009) e Cox e Assis-Peterson (2002) que discorrem sobre a formação de professores, e outros. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de um estudo de campo realizado na rede pública de uma escola Municipal de Bom Conselho-PE e seus colaboradores são professores que lecionam o componente curricular de língua inglesa nessa escola. Utilizamos o modelo de triangulação proposto por Denzin e Lincoln (2005), que consiste na observação de um objeto a partir de várias perspectivas, nesse caso: as entrevistas com o professor, a observação das aulas e a observação dos recursos utilizados. A pesquisa aponta que o uso inadequado das metodologias de ensino por parte dos professores interfere no bom funcionamento das aulas de língua inglesa. Também o destrato com a disciplina e a estrutura escassa da escola pública são fatores que colaboram para o insucesso das aulas. Além disso, a situação de um profissional que não foi formado na área de Letras Inglês, mas que está atuando nela, também é um fator preocupante, uma vez que o profissional não foi instrumentalizado metodologicamente para tanto.

Biografia do Autor

Tiago José de Santana Silva, Universidade Estadual de Alagoas

Graduando no curso de Letras Inglês, na Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL. Possui experiência em ensino bilíngue na esfera privada. Atualmente, é bolsista do Programa de Residência Pedagógica, pela CAPES, no subprojeto de Língua Inglesa "Ensino crítico de Língua Inglesa por meio dos multiletramentos literários".

Joyce Rodrigues da Silva Magalhães, Universidade Estadual de Alagoas

Graduada em Letras - Inglês e suas respectivas literaturas pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, especialista em Língua Inglesa (LATO_SENSO) pelo Centro de Ensino Superior Arcanjo Mikael de Arapiraca - CESAMA e em Linguagens e Práticas Sociais pelo Instituto Federal de Alagoas - IFAL e doutoranda em Linguística, na linha de pesquisa em Linguística Aplicada e Processos Textual-Enunciativos, pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da FALE/UFAL. Atualmente, é professora assistente do curso de Letras-Inglês da Universidade Estadual de Alagoas, atuando no campus I (Arapiraca) e no campus III (Palmeira dos Índios). Tem experiência na educação básica, pública e privada, formação de professores e ensino-aprendizagem de línguas adicionais com ênfase no uso das TDIC, letramentos crítico e digital e decolonialidade. É membro do grupo de estudos em Linguagem, Educação e Transculturalidade (LET/UFAL).

Fabiana Carvalho Santos, Universidade Estadual de Alagoas

Graduanda em Letras Inglês na Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL. Possui experiência como residente no Programa de Residência Pedagógica PRP e também como professora em um projeto de extensão da Universidade de Pernambuco - PREVUPE. Interessada por temas que abordam novas metodologias, sobre o ensino de Língua estrangeira, literatura e multiletramentos.

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Publicado

2023-12-21

Edição

Seção

Artigos - Estudos Linguísticos