O PARADOXO DO BILDUNGSROMAN MODERNISTA:
CONARRATIVAS EM FILHOS E AMANTES (SONS AND LOVERS, 1913) DE D. H. LAWRENCE E VERSÃO CINEMATOGRÁFICA HOMÔNIMA (1960)
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i1.233Palavras-chave:
Filhos e Amantes. Ponto de vista. Adaptação cinematográfica. Modernismo em língua inglesa.Resumo
Este artigo analisa o romance Filhos e Amantes (Sons and Lovers, 1913), de D. H. Lawrence, e sua versão cinematográfica de mesmo nome (1960), dirigida por Jack Cardiff, partindo da hipótese interpretativa de que a focalização dupla por Paul e Gertrude, estruturalmente amalgamados pelo texto do narrador, resulta em conarrativas indicativas do paradoxo da forma do Bildungsroman — circunscrito na tensão indecidível e ao mesmo tempo suplementar entre individualidade e coletivismo, tradição e experimentação. Por meio de uma leitura cerrada de excertos do romance e cenas do filme, discutimos como a dupla focalização resulta em uma aporia que inscreve em Filhos e Amantes uma dimensão de transgressão das convenções desse gênero na notável busca pelo experimentalismo característico do modernismo literário em língua inglesa. Os estudos narratológicos de Bal (2009), estilísticos de Leech e Short (2007), cinematográficos de Bordwell e Thompson (2013) e Bazin (1997), e intermidiáticos de Rajewsky (2005) fundamentam a análise estrutural dos objetos, enquanto Adorno (2012a, 2012b), Beards (1974) e Jeffers (2005) embasam a discussão acerca das convenções e transgressões sobre o romance de formação perpetradas por Lawrence e Cardiff.
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- 2022-06-20 (2)
- 2022-04-30 (1)
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