O romance e os dilemas da formação em Limite Branco, de Caio Fernando Abreu
DOI:
https://doi.org/10.47295/mren.v11i1.99Palavras-chave:
Bildungsroman, Arquitetônica, Mikhail Bakhtin, Caio Fernando AbreuResumo
Empreende-se, neste trabalho, uma leitura do romance Limite Branco, de Caio Fernando Abreu, focada em dois momentos da obra: a configuração de tempo e foco da narrativa e a sua relativa integração na tradição do romance de formação. Com esse fim, recorre-se às narratologias de Paul Ricœur (2010) e Gérard Genette (197-), aos fundamentos da estética bakhtiniana e aos estudos do romance de formação, principalmente os de Franco Moretti (2020) e Marcus Mazzari (2018). Nota-se em Limite Branco, a partir dessa fundamentação teórica, uma produtiva compenetração da alternância de focos e temporalidades da narrativa que, em uma dialética conflituosa, permite a problematização do encadeamento dos relatos e da formação identitária da adolescência. No segundo momento, é significativa para a arquitetônica do romance, como definida por Mikhail Bakhtin (2014), a posição conflitiva que a obra ocupa em relação à tradição do romance de formação. O romance de Abreu, nesta via interpretativa, revela-se como a representação problemática construção da identidade do sujeito adolescente em um tempo de turbulentas mudanças, mas que, apesar dos obscuros prognósticos do seu tempo, resiste e abre-se para o futuro.
DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v11i1.99
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