“EU NÃO APRENDI COM NINGUÉM, EU APRENDI FOI SONHANDO”
NARRATIVAS DE MEMÓRIAS DE APRENDIZADO DE REZADEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.47295/mren.v13i4.1844Palabras clave:
Formas poéticas orais, Rezadeiras, Narrativa de memória de aprendizadoResumen
Este artigo é proveniente de um recorte da minha dissertação de mestrado[1] . Nele, exploramos as narrativas sobre a transmissibilidade do conhecimento da reza, focando no aprendizado onírico e da vigília. Defendemos que, diferentemente do que afirma Quintana (1999), que divide as rezadeiras entre as que aprendem por experiência sobrenatural e as que seguem um mestre e dada a pluralidade das narrativas de aprendizado que encontramos, não há uma separação clara entre os modos de aprendizado. Primeiramente, identificamos que o aprendizado via sonhos, embora inicialmente pareça apenas sobrenatural, envolve uma relação dialógica e enunciativa entre sujeito e ambiente e estados de vigília e de sono. Em segundo lugar, outros testemunhos revelam formas de aprendizado comunitário ou espiritual, onde o conhecimento é transmitido oralmente por mestres ou acessado quando necessário. Essas variações, portanto, desafiam a noção tradicional de aprendizado.
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