“Nas duas margens do Atlântico equatorial”

as dinâmicas do tráfico negreiro entre a Alta Guiné e a capitania do Maranhão (1778-1797)

Autores

Palavras-chave:

Atlântico equatorial. Tráfico de escravos. Capitania do Maranhão.

Resumo

O presente artigo visa discutir as dinâmicas do comércio de africanos escravizados no Estado do Maranhão, especificamente no porto de São Luís, entre os anos de 1778–1797, com base nos mapas de escravaturas do Arquivo Histórico Ultramarino (AHU). Primeiramente, se discute a utilização da mão de obra indígena, sendo a principal força de trabalho no Estado do Maranhão e Grão-Pará livre ou escrava e que mesmo após a introdução dos trabalhadores africanos não deixou de ser utilizada. No segundo momento, discutiremos as dinâmicas e mapear as rotas escravas tecidas entre o Estado do Maranhão e a Costa africana, percebendo assim quais portos africanos mantiveram relação com o de São Luís, bem como, o número de escravizado, as embarcações e os portos de origem. Esse olhar está coadunado com a intenção de perceber a existência de uma rota regular da entrada de africanos, e a inserção do Maranhão no contexto Atlântico.

 

Referências

REFERÊNCIAS

Fontes

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Publicado

2023-07-26

Como Citar

Lima da Silva, E. (2023). “Nas duas margens do Atlântico equatorial” : as dinâmicas do tráfico negreiro entre a Alta Guiné e a capitania do Maranhão (1778-1797) . Sertão História - Revista Eletrônica Do Núcleo De Estudos Em História Social E Ambiente, 2(4), 144–176. Recuperado de http://revistas.urca.br/index.php/SertH/article/view/891