Sobre a memória e o esquecimento em O gigante enterrado, de Kazuo Ishiguro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v12i2.764

Palavras-chave:

Memória, Esquecimento, Identidade, Romance, Kazuo Ishiguro

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar aspectos relacionados à memória e ao esquecimento no romance O gigante enterrado, de Kazuo Ishiguro, e observar como ambos os temas apresentam aspectos positivos e negativos, conforme o ponto de vista assumido. A narrativa de Ishiguro reflete sobre os benefícios que o esquecimento pode apresentar em um período marcado por guerras (na Inglaterra medieval), mesmo que, por outro lado, a ausência de memória pode, também, apresentar o enfraquecimento das relações afetivas e pessoais. Tendo como protagonistas o casal Axl e Beatrice, o romance analisa a importância da memória para ambos em sua meta de encontrar o filho ausente e como a paz pode ser alcançada com subterfúgios que tentem mitigar as diferenças identitárias.

Biografia do Autor

Adolfo José de Souza André, Universidade Estadual de Goiás

Possui graduação em Letras Portugues/Inglês pela Universidade Federal de Goiás (2003), mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2007) e doutorado em Letras e Linguística pela UFG (2013) e pós-doutorado em Estudos Literários (UFF). Mestrando em Psicologia pela UFG. Atualmente é professor efetivo da Universidade Estadual de Goiás Câmpus Cora Coralina (Itapuranga). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: conto e romance em língua inglesa, memória, literatura nigeriana e teoria literária. Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade - POSLLI LP2 Estudos Literários e Interculturalidade, sediado na cidade de Goiás - no Câmpus Cora Coralina.

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Publicado

2023-11-19

Edição

Seção

Artigos - Estudos Literários