A CASA DA FICÇÃO E SUAS MÚLTIPLAS JANELAS
DAS MUTAÇÕES E IMPASSES NA CRÍTICA LITERÁRIA DE HENRY JAMES AOS DESDOBRAMENTOS NO ROMANCE AS ASAS DA POMBA (1902)
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i2.380Palavras-chave:
Henry James, Crítica Literária, As Asas da PombaResumo
Este artigo propõe uma reflexão de como as diferentes perspectivas do projeto literário do escritor Henry James, produzidas por sua fortuna crítica, resultou, ao longo do século XX, nas mais diversas chaves interpretativas, como formalista, mimética, entre outras. Partimos de um tensionamento constitutivo da fortuna crítica produzida por teóricos como Austin-Smith (1992), Blackmur (1984), Booth (1983), Lubbock (1976), Wellek (1958) e Bellei (1998) para examinarmos a tendência estabelecida em produzir uma crítica pautada tanto em seus ensaios e prefácios sobre a natureza do romance, a exemplo de seu livro A Arte da ficção (1884; 1995), quanto de sua prolífica prosa ficcional. Para além de uma mera revisão e apresentação sistemática da fortuna crítica de Henry James, tal reflexão tem por objetivo estabelecer o mote para, na segunda seção do texto, discutirmos como os procedimentos de elisão entre o narrador onisciente com personagens refletores (Beach, 1932), no romance As Asas da Pomba (The Wings of the Dove, 1902), juntamente com telling and showing (Booth, 1983), narrador onisciente (Friedman, 2002) e ambientação reflexa (Lins, 1976) constituem um conjunto de experimentos estéticos que conferem a Henry James a alcunha de um escritor avant lalettre no modernismo em língua inglesa.
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