"ELA FOI PROIBIDA DE FALAR COM A FAMÍLIA"
A CONTRARRECLAMAÇÃO NA MEDIAÇÃO FAMILIAR JUDICIAL
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i2.357Palavras-chave:
Análise da Conversa Etnometodológica, Mediação, ContrarreclamaçãoResumo
Em muitos casos, as interações de mediação tornam-se verdadeiros campos de batalha em que uma das ações mais recorrentes é a reclamação, a partir da qual os participantes expressam não somente oposição como também seus sentimentos de descontentamento acerca de um estado de coisas. Neste artigo, tomamos como objeto um formato particular de reclamação: a Contrarreclamação. Analisamos a produção de contrarreclamações em sessões de mediação gravadas em áudio, fundamentados no ferramental teórico-metodológico da Análise da Conversa Etnometodológica. O caso que temos em mão tem como participantes Amair e Flávia, ex-cônjuges, e Helena, assistente social, bacharel em Direito e mediadora desses encontros, ocorridos na Vara de Família de um Fórum localizado no interior do Estado do Rio de Janeiro. Nosso objetivo é ampliar as discussões, ainda escassas, sobre a fala-em-interação de mediação, bem como descrever diferentes formatos de produção da ação de reclamar nos estudos interacionais. Como resultados, vimos, sobretudo, que a reclamação é uma prática comum em contexto de fala-de-conflito, e a contrarreclamação utilizada para: i) barganhar; ii) defender-se de uma reclamação anterior; iii) contra-atacar.
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