OS GÊNEROS DIGITAIS NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL

UMA ABORDAGEM EM CONSONÂNCIA COM A BNCC?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v11i2.353

Palavras-chave:

Gêneros Digitais. Livro Didático de Português. Base Nacional Comum Curricular

Resumo

Sabemos que o espaço digital produz muitos campos de interação, e neles as práticas de linguagem são as mais diversas. Isso nos permite observar as possibilidades de comunicação através dos meios digitais, o que pode explicar o surgimento de gêneros textuais próprios desse meio ou gêneros que foram “adaptados” ao ambiente virtual. Em vista disso, percebemos que a escola vem se mostrando cada vez mais disposta a aderir à cultura digital como ferramenta que auxilia no processo de ensino-aprendizagem. Apesar dessa “invasão” tecnológica no espaço escolar, o livro didático impresso, de modo geral, ainda é uma ferramenta didática muito utilizada pelo sistema educacional. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar a consonância da abordagem dos gêneros digitais no livro didático de língua portuguesa do ensino fundamental com a proposta da BNCC e como esses gêneros são abordados metodologicamente no suporte impresso. Para atingir nosso objetivo, realizamos uma pesquisa de natureza analítico-qualitativa e teve como corpus de análise o livro didático do 6º ano da coleção Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem (2018), de autoria de Wilton Ormundo e Cristiane Siniscalchi. Para subsidiar nossas discussões sobre os gêneros digitais, nos embasamos nos estudos de Marcuschi (2010) e Xavier (2005); sobre textos multimodais, em Rojo (2012) e em outros autores. Após as análises do corpus, constatamos que o livro didático em questão aborda os gêneros digitais de forma satisfatória, procurando seguir o que está orientado na BNCC. Entretanto, concluímos que o suporte impresso é parcialmente adequado no trabalho com os gêneros digitais, visto que ele consegue transmitir com objetividade o que pretende ao abordar certos gêneros, mas, em relação a outros, não há como suprir a necessidade da prática por meio do manuseio do computador ou do aparelho celular.

Biografia do Autor

Ana Carolina Ribeiro da Silva, Universidade Regional do Cariri (URCA)

É graduada em Letras-Português pela Universidade Regional do Cariri e professora de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino do Crato/CE. Membro do Grupo de Estudos DISCULTI/URCA/CNPq.

José Marcos Ernesto Santana de França, Universidade Regional do Cariri - URCA

Doutor em Linguística pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); realizou estágio pós-doutoral em Linguística Aplicada na Universidade Federal do Ceará (UFC); professor assistente de Língua Portuguesa do Departamento de Línguas e Literaturas e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Regional do Cariri (URCA); membro e vice-líder dos grupos de pesquisa DISCULTI/URCA/CNPq e GERLIT/UFC/CNPq.

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Publicado

2022-08-26

Edição

Seção

Artigos - Estudos Linguísticos