AUTOBIOGRAFIA, PATRIARCALISMO E EMANCIPAÇÃO FEMININA NA OBRA AS INSEPARÁVEIS, DE SIMONE DE BEAUVOIR
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v12i1.343Palavras-chave:
Simone de Beauvoir. As Inseparáveis. Autobiografia. Patriarcalismo. Emancipação.Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a obra As inseparáveis (2021), de Simone de Beauvoir, que relata as expectativas que fundamentaram a revolta e a obra da grande filósofa francesa: sua emancipação e o antagonismo entre intelectuais e conservadores. Também visa retratar e denunciar uma sociedade hipócrita e fanática. Em um primeiro momento, apresentamos a juventude de Simone de Beauvoir para analisarmos em que contexto histórico, social e político ela começou a estudar Filosofia e, sobretudo, como esses estudos constituíram o primeiro marco da sua emancipação familiar. Por fim, analisamos como, no romance, Simone de Beauvoir estabelece um jogo de contrários entre ela e sua amiga, apresentando temas como patriarcalismo e a busca pela emancipação traçados com a finalidade de interpretar as possibilidades da sua própria libertação do conservadorismo da sociedade na qual estava inserida. Este é um levantamento bibliográfico, uma pesquisa básica, de abordagem qualitativa e de objetivo exploratório, que tem como base primária a obra em tela e como base teórica os estudos de pesquisadores basilares para a área como Bonnet (2021), Halbwachs (1990) e Lejeune (1975) dentre outros. Concluímos que os caminhos percorridos pelas duas personagens, embora divergentes, fluíam em uma rua de mão única. Zaza consegue sua emancipação através da morte, enquanto Sylvie enfrenta e luta perante uma sociedade patriarcal. Assim sendo, faz-se necessários que estudos como o presente artigo continuem a se realizar, desmontando as máscaras de uma sociedade que ainda carrega em seu bojo, lascas de desigualdade.
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