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AVALIAÇÃO E PERCEPÇÃO DAS FORMAS NÓS E A GENTE E DOS PADRÕES DE CONCORDÂNCIA POR FALANTES ESCOLARIZADOS DE FORTALEZA - CEARÁ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47295/mgren.v11i1.231

Palavras-chave:

Avaliação e percepção linguística. Alternância nós/a gente. Concordância verbal. Sociolinguística Variacionista.

Resumo

Este estudo investiga a avaliação e percepção da alternância de nós e a gente e a concordância verbal com essas formas pronominais por participantes escolarizados de Fortaleza/CE. Parte da premissa laboviana (LABOV, 2008 [1972]) de que os falantes atribuem valores e julgamentos às variantes linguísticas, sendo esses valores passíveis de mensuração em testes de reação subjetiva. Foram elaborados e aplicados formulários de percepção e avaliação linguística inspirados em Eckert (2008), Campbell-Kibler (2009) e Oushiro (2015) para a investigação dos significados sociais atribuídos às variantes. Os formulários foram aplicados e disponibilizados pela plataforma Google forms, divulgados nas redes sociais WhatsApp, Telegram, Facebook, Instagram e Twitter e compartilhados entre amigos de amigos. Os resultados estatísticos foram computados pela plataforma RStudio para a geração de frequência e proporção das respostas e para a criação da árvore de distâncias mínimas (OUSHIRO, 2019). As formas nós e a gente com concordância recebem avaliação positiva, sendo o nós associado a prestígio-escolarização-bairros centrais, e a gente a informalidade-periferia urbana. A variante inovadora (a gente) não sofre estigma pelos participantes escolarizados de Fortaleza, no entanto os ouvintes associam a ausência de concordância (nós sem -mos) a não escolarização, informalidade e uso de periferia urbana.

Biografia do Autor

Maylle Lima Freitas, Universidade Federal do Ceará

Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Federal do Ceará (PPGLin-UFC) e graduada em Letras português e espanhol e respectivas literaturas pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atua como pesquisadora na área de descrição e análise linguística, com ênfase em sociolinguística variacionista.

Larissa de Lima Favacho, Universidade Federal do Ceará

Bacharelanda em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e licenciada em Letras Português-Inglês pela Universidade Federal do Ceará (2021). Sua área de interesse é descrição e análise linguística, com ênfase nos estudos de sociolinguística variacionista.

Hebe Macedo de Carvalho, Universidade Federal do Ceará

Professora associado IV do Departamento de Letras Vernáculas (DLV) e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGLin) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Possui Graduação em Letras e respectivas literaturas (UFPB), Mestrado em Língua Portuguesa (UFPB), Doutorado em Linguística (UFC)e Pós-Doutoramento em Linguística (UFES). Desenvolve estudos sobre variação em categorias verbais e pronominais do português do Brasil, com ênfase em Sociolinguística Variacionista.

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Publicado

2022-04-30

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Edição

Seção

Artigos - Estudos Linguísticos