Dialogismo, relações dialógicas e a palavra como unidade sígnica
princípios norteadores da teoria bakhtiniana
DOI:
https://doi.org/10.47295/mgren.v11i3.202Palavras-chave:
Bakhtin e o Círculo, Relações dialógicas, Signo, Análise dialógica do discursoResumo
As pesquisas no campo dos estudos bakhtinianos por muitas vezes detém-se no dialogismo, trazido como sinônimo de vários diálogos/vozes no interior do discurso. Neste artigo, porém, propõe-se discutir não só o dialogismo como princípio constitutivo da linguagem, mas também as relações dialógicas, isto é, uma metodologia/epistemologia da Análise Dialógica do Discurso (ADD) que concebe as relações de alteridade que ocorrem em diferentes modalizações enunciativas e, é nesse ínterim que o presente trabalho estabelece uma in(distinção) conceitual dos termos. Na mesma seara, a Metalinguística, defendida por Bakhtin, em Problemas da obra de Dostoiévski (1929), contribuiu de forma precípua na construção de uma estética filosófica que põe o eu e o outro em incessante diálogo, refutação e inconclusibilidade que confluem, em suma, a uma análise da palavra como representação sígnica, que adentra no contexto semântico-ideológico e assume diferentes matizes valorativos em um dado contexto comunicacional. A análise empreendida neste trabalho, de tipologia qualitativa, está pautada, para além dos princípios teórico-metodológicos de Bakhtin (1929; 1997; 2010; 2013) e Volóchinov (2017; 2019), apoia-se em Brait (2013), que aponta para a verbo-visualidade, Kristeva (2012) que pontua a intertextualidade, Stella (2005), o qual assevera a palavra sígnica, dentre outros teóricos/as teorizados no decorrer do trabalho.
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