http://revistas.urca.br/index.php/MacREN/issue/feedMacabéa - Revista Eletrônica do Netlli2024-11-14T14:33:22+00:00Prof. Dr. Edson Soares Martinsedson.soares@urca.brOpen Journal Systems<p>Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli (ISSN 2316-1663) foi criada em 2011 pelo Núcleo de Estudos de Teoria Linguística e Literária (NETLLI/DGP-CNPq). Sua missão é contribuir com a difusão de resultados de pesquisas, além de contribuir para o debate teórico, nas suas áreas de interesse. O foco temático da revista, portanto, é de espectro amplo, mas sua unidade reside no realce da <strong>discussão ou elaboração de construtos teóricos, abordados em perspectiva analítica ou aplicada</strong>, nos<strong> campos da teoria da literatura</strong> e das<strong> teorias linguísticas</strong>. A partir de 2022, Macabéa deixará de aceitar artigos cuja abordagem ou tema sejam predominantemente voltados para problemas de ensino, no campo da Educação ou da Linguística Aplicada e que se desviem, portanto, do foco temático.</p> <p>A revista publicará artigos de alunos de graduação e de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e de professores mestres e doutores, vinculados a instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais, relevantes para o seu escopo: <strong>Estudos em Literaturas e Teoria da Literatura</strong> e <strong>Teorias Linguísticas</strong>. As contribuições devem se adequar ao foco da revista, serem inéditas e escritas em português, espanhol, francês ou inglês, além de obedecerem às diretrizes estabelecidas na política editorial e nas normas para submissão de manuscritos.</p> <p> </p> <p>Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli está avaliada no extrato B2, no QUALIS/CAPES - quadriênio 2017-2020, na área de LINGUÍSTICA E LITERATURA.</p> <p>______</p> <p>Macabéa – Revista Eletrônica do NETLLI was created in 2012 by the Núcleo de Estudos de Teoria Linguística e Literária (NETLLI) [Linguistics and Literary Theory Research Group] at Universidade Regional do Cariri, Brazil. Its mission is to contribute to researches in Linguistics and Literary Theory by promoting their results and creating a platform for debating them. Thereby, its thematic focus has a broad spectrum unified by its emphasis on highlighting theoretical constructs and original approaches to them.</p> <p>The journal will publish articles by postgraduate students (Masters and Doctorate) and by Masters or Ph.D professors of national and international institutions within its scope: studies in Literary Criticism and Theory, Linguistics and their adjacent fields. The contributions must be original and unpublished, of high academic quality and written in portuguese, english, spanish or french.</p>http://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1864UM ESBOÇO DE ANÁLISE DIALÓGICA DO DISCURSO SOBRE “A ESTÓRIA DA NÊGA DUM PEITO SÓ”2024-08-26T05:20:06+00:00Francysco Pablo Feitosa Gonçalvesfeitosagoncalves@gmail.com<p>Este trabalho apresenta uma análise dialógica do discurso no folheto "A estória da nêga dum peito só", de Cícero Vieira, com base nas diretrizes epistemológicas e metodológicas do Círculo de Bakhtin. É feita uma abordagem da diferença entre o cordel português, os folhetos nordestinos e o cordel contemporâneo, seguida de uma análise da construção composicional do folheto, que imita a oralidade e reflete a tradição da poesia popular, ao mesmo tempo em que aborda questões de estigmatização racial, social e religiosa. A análise destaca a dualidade entre autor-pessoa e autor-criador, situando o folheto analisado na interseção entre a literatura de folhetos nordestinos e a literatura de cordel contemporânea. O trabalho conclui que a obra não apenas narra uma história, mas também provoca reflexões sobre a exploração histórica dos corpos negros, deixando espaço para um diálogo contínuo sobre suas implicações sociais e culturais</p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Francysco Pablo Feitosa Gonçalveshttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1854O RITMO, O VERSO E OS ASPECTOS EXTRALINGUÍSTICOS NO COCO2024-08-20T13:28:15+00:00João Kennedy Romeu de Sousakennedyromeu@outlook.com<p>O coco, arte poética popular ritmada e estruturada entre versos orais, situa-se em meio a vida do povo caririense e se constitui pelo canto, pelas pisadas e pela rememoração de um fazer antigo e, ao mesmo tempo, novo. Ao entendermos a forte inter-relação do ritmo e do verso nessa arte popular, buscamos, inicialmente, reunir alguns estudos sobre eles e relacioná-los ao coco. Para isso, realizamos um panorama de considerações que reuniu as contribuições dos estudiosos do romantismo alemão, do formalismo russo até as considerações de nossos dias. Após reunirmos tais estudos, objetivamos perceber como os pesquisadores da forma artística do coco têm percebido a relação desses elementos e registrado nas transcrições das canções. Pesquisadores como Ignez Ayala (2015), Ana Marinho e Diógenes Maciel (2015) e Mário de Andrade (2002) foram fundamentais nesse processo reflexivo. Por último, propusemos um modelo de transcrição dos cocos que levam em consideração os movimentos rítmicos, coreográficos e os demais aspectos extralinguísticos habitualmente presentes nessa arte poética.</p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 João Kennedy Romeu de Sousahttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1844“EU NÃO APRENDI COM NINGUÉM, EU APRENDI FOI SONHANDO”2024-08-04T01:54:49+00:00José Soares Filhojose.soares@urca.brEdson Soares Martinsedson.soares@urca.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo é proveniente de um recorte da minha dissertação de mestrado</span><span style="font-weight: 400;">[1]</span> <span style="font-weight: 400;">. Nele, exploramos as narrativas sobre a transmissibilidade do conhecimento da reza, focando no aprendizado onírico e da vigília. Defendemos que, diferentemente do que afirma Quintana (1999), que divide as rezadeiras entre as que aprendem por experiência sobrenatural e as que seguem um mestre e dada a pluralidade das narrativas de aprendizado que encontramos, não há uma separação clara entre os modos de aprendizado. Primeiramente, identificamos que o aprendizado via sonhos, embora inicialmente pareça apenas sobrenatural, envolve uma relação dialógica e enunciativa entre sujeito e ambiente e estados de vigília e de sono. Em segundo lugar, outros testemunhos revelam formas de aprendizado comunitário ou espiritual, onde o conhecimento é transmitido oralmente por mestres ou acessado quando necessário. Essas variações, portanto, desafiam a noção tradicional de aprendizado.</span><span style="font-weight: 400;"> </span></p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 José Soares Filho, Edson Soares Martinshttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1840MEU MACHADO2024-07-31T14:09:23+00:00Matheus Simplicio Ribeiro da SilvaMatheus.simplicio@urca.br<p class="ResumoMAC"><span lang="EN-US">Nesse artigo exploramos a diversidade cultural e poética dos cocos no Cariri cearense, suas variantes e como elas se comportam na construção de um repertório. Utilizando o coco "Meu Machado" como estudo de caso, investigamos as variações presentes nos repertórios individuais e comunitários de cantadores como Dona Naninha, Seu Ciro e Dona Maria. O estudo analisa a tradição oral e a forma como os cantadores de coco preservam e adaptam suas performances ao longo do tempo.</span> <span lang="EN-US">Destacamos a complexidade das variações nas composições dos cocos, que refletem as experiências e influências regionais de cada cantador. Discutimos também como essas variações não só enriquecem a cultura popular, mas também desafiam a noção de autoria dos cocos.</span></p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Matheus Simplicio Ribeiro da Silvahttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1829O COCO DOS BICHOS2024-07-24T01:41:44+00:00José Itallo Vieira Costajose.itallo@urca.brMatheus Simplicio Ribeiro da Silvamatheus.simplicio@urca.br<p>A região Nordeste do país abriga uma vasta quantidade de cultura, costumes e tradições que são transmitidos pelos mais velhos para as gerações atuais, contribuindo assim como uma rica fonte de estudos e pesquisas. Este estudo se concentra não apenas na pesquisa sobre o coco e sua origem, mas também na abordagem específica dos Cocos dos Bichos, destacando seu impacto histórico e seus aspectos musicais. Tais cocos se destacam pela variedade rítmica e composicional, mesmo girando em torno de um mesmo mote fixo: a ordem dos bichos no popular jogo de apostas. A pesquisa pretende, além de propor análises de cada uma das formas coletadas e de sua comparação com o registro feito por Mário de Andrade em Os Cocos, avançar considerações que entrelaçam cada variante ao seu contexto de circulação e de performatividade artística. Entre os aspectos que mais contribuem para a variação desses cocos, encontra-se, sem dúvida, o desafio de entender as dinâmicas próprias de sua transmissão em cadeias geracionais distintas, de modo a aprofundarmos a reflexão sobre esse aspecto, costumeiramente negligenciado nos estudos que tratam do tema.</p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 José Itallo Vieira Costa, Matheus Simplicio Ribeiro da Silvahttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/1833EXPERIÊNCIA E MEMÓRIA2024-07-26T14:20:31+00:00Luan Victor Ferreira de Britoluan.brito@urca.brJosé Itallo Vieira Costajose.itallo@urca.br<p>O presente artigo tem como objetivo compartilhar as vivências e a rica experiência de vida de Raimunda da Silva Ferreira, minha avó, evidenciando os momentos mais marcantes de sua vida como filha, esposa, mãe, avó, rezadeira e integrante de grupo de coco. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, com ajustes metodológicos requeridos pelas teorias que norteiam o trabalho. Entre as principais experiências abordadas, estão sua infância com os pais em Pernambuco, a migração para a cidade do Crato - CE, os desafios enfrentados por Dona Mundinha por causa de proibições do pai, da madrasta e do marido, sua relação com suas madrastas, como e porque Dona Mundinha se tornou rezadeira, sua espiritualidade, trabalho, amor pela dança e a integração ao grupo de Coco da Associação de Cratense de Apoio aos Necessitados (SCAN). A senioridade e a grande contribuição de seus relatos para as comunidades orais do Cariri constituem a justificativa deste registro. A abordagem segue os métodos de pesquisa de cultura popular construídos por Ignez Ayala e Marcos Ayala, além de orientar-se pelos núcleos <em>festa</em>, <em>fé </em>e <em>trabalho</em>, eixos do <em>nexo cultural vital</em> oralidade nordestina, proposto por Martins. Conclui-se que a importância da sabedoria de Raimunda da Silva Ferreira são fontes de incentivo e inspiração, demonstrando a importância da memória regional de uma comunidade e de uma história familiar.</p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Luan Victor Ferreira de Brito, José Itallo Vieira Costahttp://revistas.urca.br/index.php/MacREN/article/view/2034OS BENDITOS DE SANTA LUZIA2024-11-04T10:27:24+00:00Elisângela Bezerra da Silvaelisangela.bezerra@urca.brGeorge Antonio Correia Feitosa george.antonio@urca.br<p><span style="font-weight: 400;">O </span><em><span style="font-weight: 400;">Bendito de Santa Luzia</span></em><span style="font-weight: 400;"> é um canto popular, contendo a hagiografia da santa e sua história de martírio. Este estudo compara duas versões do bendito: uma escrita no livreto </span><strong>Novena da Virgem Mártir Santa Luzia</strong><span style="font-weight: 400;">… e outra versão, oralizada por Dona Francisca Inês Nunes Souza, residente em Barbalha - Ceará. Ambas as versões seguem uma linha hagiográfica que constrói a imagem de Santa Luzia, destacando seu sofrimento e sua santidade. Utilizando a teoria do </span><em><span style="font-weight: 400;">continuum</span></em><span style="font-weight: 400;"> entre oralidade e escrituralidade, de Peter Koch e Wulf Oesterreicher (2013), o trabalho analisa como a hagiografia de Santa Luzia é transmitida e preservada nas dimensões oral e escrita, mostrando que, apesar da fixação textual, há uma fluidez adaptativa nas tradições orais. As variações entre as versões escritas e oralizadas refletem a dinâmica de transmissão cultural e religiosa, evidenciando um </span><em><span style="font-weight: 400;">continuum</span></em><span style="font-weight: 400;"> entre elas. Apoiaremos nossa leitura também em Mikhail Bakhtin (2011, 2016), para entendermos melhor como o tom emotivo-volitivo das narrativas sobre a trajetória da santa age a favor da empatia dos fiéis participantes.</span></p>2024-11-14T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Elisângela Bezerra da Silva, George Antonio Correia Feitosa , Edson Soares Soares Martins